29 de abril de 2005

Oração dos Malditos

Creio na morte acima de todas as coisas
Creio na saciedade dos vermes
Na finitude da alma
No peso da terra

Creio no crepitar dos círios
Velando a inexistência
No algodão enfiado às fuças
Nos gases inchando o corpo
Pois é metano o futuro

Creio no desfazer das carnes
E no azedume de todos os velórios

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