14 de dezembro de 2007
ADEUS
Me sinto a mais imbecíl das criaturas
Síntese de dejetos feita de carne e ossos
Me sinto mal
E o que era para ser um soneto
Vira meu vômito
Meu grito e extertor
E o que era para ser rima
Vira ódio autofágico
Vira morte e sangue
Fede
Me sinto o mais triste dos homens
Degredado do maior amor que tive
Me sinto esvaindo pelos olhos
Porque me sinto teu
Porque sou teu
Síntese de dejetos feita de carne e ossos
Me sinto mal
E o que era para ser um soneto
Vira meu vômito
Meu grito e extertor
E o que era para ser rima
Vira ódio autofágico
Vira morte e sangue
Fede
Me sinto o mais triste dos homens
Degredado do maior amor que tive
Me sinto esvaindo pelos olhos
Porque me sinto teu
Porque sou teu
10 de julho de 2007
AGRADECIMENTO
Antes de começarem a leitura deste blog gostaria de agradecer a visita de internautas dos Estados Unidos (os que mais visitam este blog), Reino Unido e Portugal entre outros países. Agradecer e reconhecer de forma triste, quase melancólica, que quase não haja visitas com orígem em meu país...
Apesar da existência de grandes poetas brasileiros, do porte de Augusto dos Anjos, a literatura permanece longe dos corações de minha gente.
Evoeh!
Apesar da existência de grandes poetas brasileiros, do porte de Augusto dos Anjos, a literatura permanece longe dos corações de minha gente.
Evoeh!
8 de janeiro de 2007
Defunto Andante
sou defunto andante e nouseabundo/
Verme sob os pés da tríade nephastaa/
Sou quem pés e alma arrastaa/
Para os bueiros infectos do mundo/
Sou aquele que dor nenhuma basta
Quando muito me faz fecundo
À miséria secular que em um segundo
Ao vômito dos cães me arrasta
Sou a estupidez manifesta e plena
A ironia da justiça, o anticristo
Riso sacrílego cortando a cena
O sangue podre de Mefisto
Posto à boca de maldita hiena
Quem de tão podre se resume nisto
Guano
Sou náufrago em mar de guano
Infecto como os sinais de meu futuro
Abortado em pedaços de engano
Escarrados pelo útero de meu auguro
Sangrando, hemofílico, aguardando a morte
-já não habitam sonhos em meu mundo escuro
nem há sangue em meu proximo corte
apenas catre mortuario frio e duro
Sinto às narinas o azedume da finitude
Libertação que temo deste mundo impuro
-vislumbro a campa e o ataúde
Mas morro ímpio e ímpio esconjuro
Ao deus hipócrita, assassino e rude
E à finitude meu corpo gasoso juro
Infecto como os sinais de meu futuro
Abortado em pedaços de engano
Escarrados pelo útero de meu auguro
Sangrando, hemofílico, aguardando a morte
-já não habitam sonhos em meu mundo escuro
nem há sangue em meu proximo corte
apenas catre mortuario frio e duro
Sinto às narinas o azedume da finitude
Libertação que temo deste mundo impuro
-vislumbro a campa e o ataúde
Mas morro ímpio e ímpio esconjuro
Ao deus hipócrita, assassino e rude
E à finitude meu corpo gasoso juro
Serpente
Amo como amam as serpentes
Enroscado, contorcido, faminto
Amo como quem grita
E ao mesmo tempo sussurra
Amo como quem mergulha dos abismos
Amo como rastejo
Amo como quem dança
Como quem dança dentro de outro corpo
Como se fosse o outro corpo
Enroscado, contorcido, faminto
Amo como quem grita
E ao mesmo tempo sussurra
Amo como quem mergulha dos abismos
Amo como rastejo
Amo como quem dança
Como quem dança dentro de outro corpo
Como se fosse o outro corpo
Poema Escorpiano
Eu sou a vida e por vida o esplendor da morte
Sou paixão e ira, quintessência da entropia
O carrasco, a sordidez, o inocente que espia
Metástese de deus, lâmina que desenha o corte
Tenho em mim a dor da humanidade
Todos os seus gritos, toda a agonia
A solidão e a completude, quem destroi, quem cria
Ilhas de esterco no oceano da sujidade
Da mulher que se crê santa sendo vadia
Do homem de bem apodrecido pela maldade
De mim mesmo que me creio tanto!
E não passo de engano vomitando a verdade
Não passo de verme coberto pelo manto
Da poesia e sua crueldade
Sou paixão e ira, quintessência da entropia
O carrasco, a sordidez, o inocente que espia
Metástese de deus, lâmina que desenha o corte
Tenho em mim a dor da humanidade
Todos os seus gritos, toda a agonia
A solidão e a completude, quem destroi, quem cria
Ilhas de esterco no oceano da sujidade
Da mulher que se crê santa sendo vadia
Do homem de bem apodrecido pela maldade
De mim mesmo que me creio tanto!
E não passo de engano vomitando a verdade
Não passo de verme coberto pelo manto
Da poesia e sua crueldade
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