14 de abril de 2005

Soneto Pascoal

Cuspo em Cristo, lambo os cravos e o sangue azedo
Jogo ácido no Cordeiro, lobo da humanidade, ímpio, doente
Em quem fez da consciência algo amorfo, indolente
Semeando falso amor, filho dileto do medo

Cuspo em Cristo, em sua covardia clemente
Cuspo, escarro, vomito n’Ele pois mesmo tarde ‘inda é cedo
Para romper esse pacto bi-milenar de segredo
Desvendando a face do mito que ‘inda mente

Louvo os Gentios, os mercadores do templo, os filisteus
Os de pecados puros, Madalenas que não se arrependeram
Os que sabem que a derrota do homem é Deus

Os que graças à humanidade se perderam
E em se perdendo professaram a verdade aos seus
Libertando-os, tornando-os ateus




3 comentários:

João Vasco disse...

A propósito: dá uma vista de olhos no Diário Ateísta.

Anônimo disse...

Adoráveis poemas! Adoráveis!!!

Anônimo disse...

Poemas tristes e amargurados.Ênio, deixe Cristo em paz se não o queres.Respeite-o.Se não acreditas, por que agride a quem ]não acredita?Nçao seja tolo. És inteligente e bom,mas estás com raiva do mundo e de si.Permita-te sorrir sem tanta dor e raiva.
Esta dor e raiva que sentes nada mais é que o reflexo de teus pensamentos amargurados. Procure Jesus ou Deus ou sei lá quem.Se não quiseres ,tudo bem,mas se permitra que Ele possa te visitar.