7 de julho de 2005

Poema para "Bocão"

Pudesse eu
Repousar meus ouvidos
Entre tuas coxas
E meus sonhos em teu peito
Pudesse eu
Despir-te
Dessa sanidade inclemente
Revelando-te
À loucura de meus paraísos
Pudesse eu
Vasculhar as dobras
De teu corpo
Descobriria em ti
A mulhher
Que mesmo tu
Insuspeitas

4 de julho de 2005

Soneto Para Meu "Bruxo"

Este é para ti, caro hipopótamo de pantufas
Grão-mestre do orgulho, falastrão por natureza
Vate que de amor entende bulhufas
E tem o ódio como forma de beleza

Não há em ti, afora o peso, o que seja grandeza
E pouco me importam as verdades que arrufas
Se tens o espírito emporcalhado pela grandeza

Patética para quem come lodo e arrota trufas

Para meu prazer bastam um bom bife-à-milaneza
A alegria dos que me são caros, a mulher que amo
Mas para ti qualquer prazer causa estranheza

Como dizes: "prazer? É a vingança que tramo"...
Pois meu caro, carregues ao menos esta certeza:
Espana o mofo de tua alma! Ouça o que clamo!