Sou a vasilha onde o destino escarra
Quem desimporta, o imbecil, cretino
Homem sem dons, da morte o hino
Pescoço posto à lâmina da cimitarra
A merda, o lodo, vômito do desatino
Aquele em quem a repugnância crava sua garra
-não há felicidade em mim que deus não varra
nunca houve respeito por meu coração menino
Então danço, vítima de um ritual sagrado
Danço meu réquiem , danço moribundo
Dança o homem, no destino, seu fado
Dança o tolo neste espetáculo imundo
Para deleite de um deus desfigurado
Leproso, repleto de escárias, nauseabundo.
14 de abril de 2005
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Um comentário:
MEu amigo, meu irmão, gostei muito das iagens... Um tanto Álvaro de Campos, amei!
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