14 de abril de 2005

Silêncio

No silêncio infecto que há entre nós
Vermes banqueteiam-se em teu lado escuro
Enquanto segue o féretro de teu futuro
No mistério de haver gritos onde não há voz

No hermetismo estúpido das covardias
Desprezas o que no mundo há de mais puro
Tornando teu coração pétreo, duro
Incapaz de derramar-se em alegrias

Pois te vale mais o medo que as fantasias
-a realidade que negas te é senhora
e faz-te morta às noites frias!

Mas qual agiota a vida te cobra a mora
Qual moiras sabes dos fios podres com que fias
Teu futuro, que logo chamar-se-á agora

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