Eu sou a vida e por vida o esplendor da morte
Sou paixão e ira, quintessência da entropia
O carrasco, a sordidez, o inocente que espia
Metástese de deus, lâmina que desenha o corte
Tenho em mim a dor da humanidade
Todos os seus gritos, toda a agonia
A solidão e a completude, quem destroi, quem cria
Ilhas de esterco no oceano da sujidade
Da mulher que se crê santa sendo vadia
Do homem de bem apodrecido pela maldade
De mim mesmo que me creio tanto!
E não passo de engano vomitando a verdade
Não passo de verme coberto pelo manto
Da poesia e sua crueldade
8 de janeiro de 2007
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