9 de junho de 2005

Quimera

Cansei da melancolia absurda dessa vida
Quero um novo tempo, novo auguro
Beliscar, que seja, a bunda do futuro
Assassinando essa famélica tristeza

E com a parca força que 'inda me há conjuro
Nada há de me afastar dos amores
Que persigui com a fúria de tamanhas dores
E que ora com insipiente paz procuro

Porque há de multiplicar-se como as flores
Multiplicam-se, findo o inverno, à primavera
O amor sepultando os meus rancores

Inaugurando em meu caminho nova era
Novo aeon brandindo vida, destemores
Deste que escreve do estômago de uma Quimera


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