Eis que minha morte é teu derradeiro presente
Meus sonhos sepultados na frieza de teu peito!
Dei a vida e à morte colho tua atitude inclemente
À frieza dos teus olhos, o laço desfeito!
Dei o que jamais te deram, mas nem sente
À grandeza de cada atitude teu coração não é afeito
Preferes quem humilha destrata e mente!
Preferes a desgraça, humilhação, enjeito!
Dei minha vida para não perderes a tua
Mas eis que a loba devorou minh'alma
Na torpeza fria e nua
Será que há em ti o que se diga alma?
Será que há em mim coisa que não seja tua?
Agora? Sinto em minha face tua mão que espalma!
Enio Valcanova
Nenhum comentário:
Postar um comentário